Taizé pode ser, facilmente, confundido com uma "seita", quase "estilo Reino de Deus", que organiza uns "Encontros/Reuniões" mundo fora, para ir cativando as pessoas, para as pessoas irem seguindo a
espiritualidade de Taizé que, por si só, é falaciosa... não existe!!
Taizé é, na minha humilde opinião, uma aldeia em França... comunidade fundada pelo Irmão Roger, congregou uma série de pessoas (que futuramente seriam irmãos de Taizé) que perceberam a riqueza de valores absolutamente transversais e universais, para o dia-a-dia:
-Acolhimento;
-Pobreza e simplicidade de vida;
-Paz;
-Harmonia;
-Fraternidade;
-Vida comunitária...
Imaginem o vosso mundo assim, dia após dia... onde todos vivemos em comunidade, onde cada um dá o melhor de si, em prol dos outros: sei cozinhar? Então vou cozinhar... sei jardinar? Então vou tratar de jardins... sou óptimo a cantar? Então vou ajudar no coro...
A
diferença (palavra tão densa e complexa) é interpretada duma forma muito simples: é acolhida como riqueza e verdadeira graça!
E sim... em Taizé vive-se uma espiritualidade cristã, ecuménica. Todas as pessoas são convidadas a celebrar (mas não são obrigadas a acreditar) num Cristo que veio à Terra e que, indubitavelmente, arrastou milhões de pessoas, até aos dias de hoje... e é isso que se celebra naquele pedaço de paraíso.
Os Encontros, sim, esses "tais Encontros", são apenas para "aguçar o apetite", são apenas para nos alertar, para nos voltar a colocar num caminho de fé, de esperança, de fraternidade e de acolhimento do outro...
Sim, a verdadeira missão começa depois de cada um de nós chegar a casa... e é essa missão que nos é entregue em cada Encontro, em cada semana em Taizé: sermos mais, sermos melhores, sermos rostos de paz e alegria, sermos acolhimento, sermos felizes...
A fotografia é da estação de comboios de Lúbon, a paróquia onde estive. Há um comboio à espreita... será que o consigo apanhar? O desafio é grande...