31/01/2010

Libertar...

Ninguém pensa que pintar, modelas ou gravar seja património comum da natureza de Homem; e que o sejam igualmente a poesia ou a dança: acha-se que são um um dom, uma genialidade, e além de tudo raros. Olha-se o Renascimento italiano como uma época de monstros, quando na verdade cada um dos homens que nele mais admiramos tinha os mesmos recursos de natureza humana que nós temos. O que aconteceu é que devido a circunstâncias que não se repetiram na História, mas que está hoje em nosso poder fazer repetir, eles puderam ter a coragem de se libertar de limitações, de escrúpulos, de antolhos, e se lançaram à suprema avntura de ser o que eram; nós, porém, deitados num novo leito de torturas, nos cortamos naquilo em que sobramos dos estreitos, inadequados, padrões de outras idades.
Agostinho da Silva

Quantos de nós, aceitamos realmente viver, em vez de andar por aí?

2 Carneiradas...:

Anónimo disse...

Fazes-me pensar ... E volto à carta da China: "Não são os teus bens que distribuis aos pobres, apenas lhes dás o que lhe pertence.", esta foi a frase que me interpelou todo o fim de semana (desde 6ª, nos LD). Temos de libertar o que de melhor há em nós, e devolver aos outros o que "lhes" pertence,só assim não andamos a passear mas a fazer pela VIDA.

Bem haja! ... Foi bom o café ao pé do mar.

Abreijo

Liliana Sampaio disse...

Quantos de nós? Pois... Muito poucos, certamente.
Andar por aí também é viver, mas só segundo os padrões dos outros. Se calhar, são muitos os vivem, mas poucos os que realmente SÃO...