03/12/2009

Prof. Adília...


“Escolho os amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer,mas pela pupila.Tem que ter um brilho questionador e uma tonalidade inquietante.Não me interessam os bons de espírito, nem os de maus hábitos.

Fico com aqueles que fazem de mim LOUCA e SANTA.Deles não quero respostas, quero o meu avesso.Que me tragam dúvidas e angústia e aguentem o que há de pior em mim.Para isso… só sendo louco!!!

Quero os santos, para que não duvidem das diferenças peçam perdão pelas injustiças.Escolho os meus amigos pela alma limpa, pela cara exposta.Não quero só o ombro e o colo, quero também a sua maior alegria.Amigos que não riem juntos, não sabem sofrer juntos.

Os meus amigos são todos assim: Metade brincadeira e metade seriedade.Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.Quero-os metade infância e a outra metade velhice!!!

Crianças… para que não esqueçam o valor do vento no rosto;Velhos… para que nunca tenham pressa.Tenho amigos para saber quem sou…pois vendo-os, Loucos e Santos, Brincalhões e Sérios, Crianças e Velhos, nunca me esquecerei de que a “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.”

(Oscar Wilde)
Hoje chamaram por si Professora Adília... muitos e muitos foram os alunos que aprenderam a amar a EF ainda mais, por causa de aulas inesquecíveis, histórias e experiências riquíssimas! Fui um desses felizardos... e esse é um bocadinho do legado que fica! Obrigado... obrigado por dar sentido a isto mesmo: a “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril...

3 Carneiradas...:

Anónimo disse...

"Não quero risos previsiveis, nem choros piedosos"

hipocrisia ...

Maria

Aprendiz de Viajante... disse...

Lu: Certíssimo... eu não os quero... ninguém os quer! Uma beijoca

marta leão disse...

Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva ...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja ...

Alberto Caeiro