25/12/2009

Próximo destino


Vai ser hoje à noite!!! Próximo destino: Polónia, para a passagem de ano em Poznan, numa forma muito "especial"...
Estou ansioso e levo todos comigo...

Bom pontapé em 2009 e bom início de 2010!!
Vemo-nos para o ano!

22/12/2009

Finalmente...

Finalmente... tese de mestrado defendida e "bem defendida", penso eu!

Agora é tempo de descomprimir e começar a pensar na viagem para a Polónia... estou de férias, é oficial!

20/12/2009

Perseverança


Não consigo ver este filme (caramba, vi-o no cinema e andava na escola primária!!) sem me emocionar nesta parte... Maria Callas, Tom Hanks e Denzel Washington numa cena só? É demais, com certeza...
Perseverança, amor, sabedoria, espanto, coragem, força, paixão... saudade! A cena mais marcante deste filme tem tudo isto e muito mais... vale a pena recordar (e colocar as colunas bem alto!!!)!
Bom domingo!

19/12/2009

Cérebro...

"Cérebro: dispositivo com o qual pensamos que pensamos. Aquilo que distingue o homem que se contenta com ser alguma coisa do homem que quer fazer alguma coisa"
Ambrose Bierse


O meu pequeno cérebro está a entrar em colapso... será que depois de segunda-feira volta ao normal?

17/12/2009

Certezas...

Alguns procuram-me para que lhes dê certezas, e eu não tenho nenhumas, nem sequer para uso pessoal. Por isso não deixo de lhes dizer que a única coisa em que estou interessado é em perturbá-los. A poesia é subversão, e esta passa pelo corpo, naturalmente
Eugénio de Andrade

Lembro-me do meu Professor de Antropologia nos dizer: Será que há verdades absolutas? Ou só existem verdades relativas? Ele dizia-nos que só há uma verdade absoluta: é que todas as verdades são relativas! Eu acrescentaria tantas verdades absolutas... tantas, mas tantas! Hoje acrescentaria que tenho a certeza que amanhã o sol nascerá...

16/12/2009

Taizé...


Dia 26 está a chegar... e já começo a suspirar por isto: Taizé! Saudades... demasiadas saudades!

13/12/2009

Pedagogia da Cinta...


Com os devidos exageros, claro... mas não terá alguma razão?

12/12/2009

Beleza...

"Perseguida pelo medo da velhice, deixei envelhecer a nossa relação. Ocupada em me fazer bela, deixei escapar a verdadeira beleza, que apenas mora no desnudar do olhar... Esta é a diferença!"

(Mia Couto - Jesusalém)

08/12/2009

Sentes, Pensas e Sabes que Pensas e Sentes

Tem chuvido imenso... o que sentem?

Dizes-me: tu és mais alguma cousa
Que uma pedra ou uma planta.
Dizes-me: sentes, pensas e sabes
Que pensas e sentes.
Então as pedras escrevem versos?
Então as plantas têm ideias sobre o mundo?

Sim: há diferença.
Mas não é a diferença que encontras;
Porque o ter consciência não me obriga a ter teorias sobre as cousas:
Só me obriga a ser consciente.

Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei.
Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos.

Ter consciência é mais que ter cor?
Pode ser e pode não ser.
Sei que é diferente apenas.
Ninguém pode provar que é mais que só diferente.

Sei que a pedra é a real, e que a planta existe.
Sei isto porque elas existem.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram.
Sei que sou real também.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram,
Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta.
Não sei mais nada.

Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos.
Sim, faço ideias sobre o mundo, e a planta nenhumas.
Mas é que as pedras não são poetas, são pedras;
E as plantas são plantas só, e não pensadores.
Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto,

Como que sou inferior.
Mas não digo isso: digo da pedra, "é uma pedra",
Digo da planta, "é uma planta",
Digo de mim, "sou eu".
E não digo mais nada. Que mais há a dizer?''

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"

(Obrigado pelo poema nos comentários, coloquei-o aqui porque "merece", é realmente bonito...)

07/12/2009

Sol...

À saida do deserto, em Merzouga, há mais de 2 anos atrás, lembrei-me de pegar na máquina e apontar para o céu... dizia-me o nosso companheiro de viagem, que "no deserto... tudo é mais autêntico". Será? Tenho saudades daquele sol, daquelas noites terrivelmente silenciosas e de pensar que "o tempo", como conceito ocidental e tão típico do nosso dia-a-dia, naquele lugar, era perfeitamente desprovido de sentido...

Tenho tempo para tudo... não tendo tempo para nada! Que paradigma...

06/12/2009

Caeiro... como o simples pode ser extraordinariamente belo

Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva ...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja ...

Alberto Caeiro

Alberto Caeiro é "básico", simplista, rima com versos brancos (sem rima)... vive, respira e transpira o objectivismo absoluto ou antimetafísico: o que escreve, escreve-o sem subjectivismos... que inveja, também gostava de ser assim!

Comunicar... de tantas maneiras!


Já conhecia Nouvelle Vague bastante bem, antes de os ter ido ver... não é, com certeza, daqueles grupos que sei as músicas do início ao fim, mas lá as vou "trauteando". No entanto, a música In a Manner of Speaking é genial.
Quantas são as formas utilizáveis para comunicar? É fascinante a forma como o podemos fazer, de tantas e variadas formas... o vídeo usa alguma delas, daí tê-lo "roubado" no youtube.

Será que é possível nunca me esquecer da forma como me dizem tudo... sem nada me dizerem? Com certeza que sim... Fica a letra!

In a manner of speaking
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing

In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that i feel about you
Is beyond words

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

In a manner of speaking
Semantics won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel
Might have to be sacrified

So in a manner of speaking
I just want to say
That just like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing.

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything


In a Manner of speaking
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing

Nouvelle Vague - Teatro Sá da Bandeira


Sempre que vejo um grande concerto, como o de ontem, fico com a sensação: "este sim, entra para um dos meus melhores concertos de sempre"!

Nouvelle Vague é especial pela irreverência, pela pluralidade e pela forma desordenada como tudo parece tão organizado num alinhamento arriscado, audaz e muito interactivo. Uma das meninas, inclusive, andou no meio do público a dançar e a saltar, como se fosse uma das coisas mais naturais do mundo...
E o Porto, como sempre, respondeu muito bem... dançou-se, cantou-se e, acima de tudo, viu-se música de altíssima qualidade, com a colaboração de dois nomes perfeitamente desconhecidos para mim e que irei reter (passando a partilhar): Malenie Pain e Gerald Toto! São muito, muito, muito bons...

http://www.myspace.com/melaniepain
http://www.myspace.com/totogerald

Entretanto deliciem-se com Just Can Get Enough... dancem e roam-se de inveja porque o Sá da Bandeira ontem quase ia abaixo!!! :-D

05/12/2009

Existir é Ser Possível Haver Ser

Ah, perante esta única realidade, que é o mistério,
Perante esta única realidade terrível — a de haver uma realidade,
Perante este horrível ser que é haver ser,
Perante este abismo de existir um abismo,
Este abismo de a existência de tudo ser um abismo,
Ser um abismo por simplesmente ser,
Por poder ser,
Por haver ser!
— Perante isto tudo como tudo o que os homens fazem,
Tudo o que os homens dizem,
Tudo quanto constroem, desfazem ou se constrói ou desfaz através deles,
Se empequena!
Não, não se empequena... se transforma em outra coisa —
Numa só coisa tremenda e negra e impossível,
Urna coisa que está para além dos deuses, de Deus, do Destino
—Aquilo que faz que haja deuses e Deus e Destino,
Aquilo que faz que haja ser para que possa haver seres,
Aquilo que subsiste através de todas as formas,
De todas as vidas, abstratas ou concretas,
Eternas ou contingentes,
Verdadeiras ou falsas!
Aquilo que, quando se abrangeu tudo, ainda ficou fora,
Porque quando se abrangeu tudo não se abrangeu explicar por que é um tudo,
Por que há qualquer coisa, por que há qualquer coisa, por que há qualquer coisa!

Minha inteligência tornou-se um coração cheio de pavor,
E é com minhas idéias que tremo, com a minha consciência de mim,
Com a substância essencial do meu ser abstrato
Que sufoco de incompreensível,
Que me esmago de ultratranscendente,
E deste medo, desta angústia, deste perigo do ultra-ser,
Não se pode fugir, não se pode fugir, não se pode fugir!

Cárcere do Ser, não há libertação de ti?
Cárcere de pensar, não há libertação de ti?

Ah, não, nenhuma — nem morte, nem vida, nem Deus!
Nós, irmãos gêmeos do Destino em ambos existirmos,
Nós, irmãos gêmeos dos Deuses todos, de toda a espécie,
Em sermos o mesmo abismo, em sermos a mesma sombra,
Sombra sejamos, ou sejamos luz, sempre a mesma noite.
Ah, se afronto confiado a vida, a incerteza da sorte,
Sorridente, impensando, a possibilidade quotidiana de todos os males,
Inconsciente o mistério de todas as coisas e de todos os gestos,
Por que não afrontarei sorridente, inconsciente, a Morte?
Ignoro-a? Mas que é que eu não ignoro?
A pena em que pego, a letra que escrevo, o papel em que escrevo,
São mistérios menores que a Morte? Como se tudo é o mesmo mistério?
E eu escrevo, estou escrevendo, por uma necessidade sem nada.
Ah, afronte eu como um bicho a morte que ele não sabe que existe!
Tenho eu a inconsciência profunda de todas as coisas naturais,
Pois, por mais consciência que tenha, tudo é inconsciência,
Salvo o ter criado tudo, e o ter criado tudo ainda é inconsciência,
Porque é preciso existir para se criar tudo,
E existir é ser inconsciente, porque existir é ser possível haver ser,
E ser possível haver ser é maior que todos os Deuses.

Álvaro de Campos, in "Poemas"

03/12/2009

Prof. Adília...


“Escolho os amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer,mas pela pupila.Tem que ter um brilho questionador e uma tonalidade inquietante.Não me interessam os bons de espírito, nem os de maus hábitos.

Fico com aqueles que fazem de mim LOUCA e SANTA.Deles não quero respostas, quero o meu avesso.Que me tragam dúvidas e angústia e aguentem o que há de pior em mim.Para isso… só sendo louco!!!

Quero os santos, para que não duvidem das diferenças peçam perdão pelas injustiças.Escolho os meus amigos pela alma limpa, pela cara exposta.Não quero só o ombro e o colo, quero também a sua maior alegria.Amigos que não riem juntos, não sabem sofrer juntos.

Os meus amigos são todos assim: Metade brincadeira e metade seriedade.Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.Quero-os metade infância e a outra metade velhice!!!

Crianças… para que não esqueçam o valor do vento no rosto;Velhos… para que nunca tenham pressa.Tenho amigos para saber quem sou…pois vendo-os, Loucos e Santos, Brincalhões e Sérios, Crianças e Velhos, nunca me esquecerei de que a “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.”

(Oscar Wilde)
Hoje chamaram por si Professora Adília... muitos e muitos foram os alunos que aprenderam a amar a EF ainda mais, por causa de aulas inesquecíveis, histórias e experiências riquíssimas! Fui um desses felizardos... e esse é um bocadinho do legado que fica! Obrigado... obrigado por dar sentido a isto mesmo: a “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril...

02/12/2009

Cara lavada..

Já precisava e o template antigo "deu o berro"... por isso aqui fica a cara lavada do meu blog... vamos ver se ele sobrevive à falta de inspiração para escrever!

Beijinhos e abraços... agarrem o que mais vos convier! ;-)