29/10/2010
Optimismo...
24/10/2010
Mica Carneiro
20/10/2010
Cansado...
Adaptabilidade? Espírito de improviso? Não creio... às vezes sinto mesmo que é facilitismo na forma como se lida com as coisas!
18/10/2010
17/10/2010
Imagens...
Esta é uma das imagens que eu tenho de um momento do qual guardo muitas saudades, que foi o ano em São Tomé, como Leigo para o Desenvolvimento.
Estava em Caldeiras, uma Roça do centro da Ilha, a fazer mais um campo de férias... algumas dezenas de crianças: Punoy, Abdul, Dulcineia, Alcino, Dedé, Romana, Baguide, Walker animavam a "Roda", o momento alto para começar o dia: "Fulu-fulu, cavala, biquinha..... é peixe!!"
Eu observava, maravilhado... era o "dar" forma à palavra mágica: desenvolvimento! Tenho saudades desses campos de férias...
Hoje recebi uma carta de uma Irmã, que passou por Caldeiras há pouco tempo... volvidos mais de 2 anos, perguntaram-lhe por mim e pela Luísa... caramba, as saudades voltaram e que bom, que bom que ficou por lá a alegria daqueles 6 dias de campo!
14/10/2010
Uma carta...
De mãe para mãe...
Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.
Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc...
Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho. A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar.
Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusive aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família.
Se você ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família. No próximo domingo, enquanto você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores...
Ah! Já me esquecia: Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso. No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos".
Para terminar, ainda como mãe, peço por favor: Façam circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só...
Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!
13/10/2010
Dançar...
12/10/2010
Dependências...
Será que é possível imaginar-me uma semana sem telemóvel? Uma semana sem internet? Uma semana sem computador portátil?
E refiro-me a uma semana do quotidiano... não me refiro a uma semana de férias, onde o "mundo real" pertence a outra galáxia, onde deixamos tudo para trás e o tempo pára... não é isso!
Imaginem-se a começar a vossa semana de trabalho e todos estes "artefctos" desaparecerem momentaneamente...
Se, por um lado, vivi 1 ano em São Tomé sem nada disto (e foi tão saboroso e libertador); por outro lado percebo que viver nesta "conjuntura" (palavra simpática esta... poderia ter escrito SELVA em vez de conjuntura!!!) não me permite que isso seja admissível, correndo o risco de ser "bicho-do-mato" ou algum ser "em estado de ermitério profundo"!
E agora? Agora sou, somos... dependente (s)!
Gostava de depender, apenas, de valores e sentimentos... e nunca de máquinas! grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
11/10/2010
Voltar...
Se estiver tudo errado, comece novamente!
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca!...
Se o achar, segure-o!
Circunde-se de rosas e ame...
O mais é nada".
Há alturas em que não me apetece encher este espaço de coisas que, por vezes, penso serem "imbecilidades" puras!
Lia este poema de Fernando Pessoa e pensava: é isto mesmo: o mais... é nada!
Está decidido: é tempo de "voltar", com um registo diferente... mas mais do que tudo, o importante será mesmo voltar!