Solidão...

"A solidão é muito bela, mas quando se tem perto de si alguém a quem o dizer"

A citação de hoje é realmente bonita!

Sorriso...

Hoje li uma frase do Guerra Junqueiro: "O sorriso que ofereceres, a ti voltará outra vez".

É comum nem sempre me sentir em casa na escola primária onde dou aulas... talvez por serem "miúdos demais", talvez porque são como têm que ser: repetitivos, frenéticos, dependentes... mas são igualmente verdadeiros e genuínos, simpáticos e bem-dispostos por natureza! Essa é a parte mais maravilhosa de lhes dar aulas... e sinto-me, a esse nível, um privilegiado!

Hoje foi dia do Corta-Mato da EB1 de Lage... foi uma risota, eles estavam todos divertidos, anciosos pela corrida, tolos com a ideia de andar a correr fora da escola... e foi uma manhã muito bem passada!

Andei pela net e esbarrei-me com esta frase... lembrei-me do filme "Patch Adams"! Gostava de conseguir oferecer mais sorrisos, gostava de fazer parte deste "ciclo vicioso"...

Férias... precisam-se!!

Bom fim de semana

Padre Amadeu Pinto SJ

Lembro-me bem do entrar no colégio e ser o Padre Amadeu o director... íamos em 1990, era ele o director das Caldinhas!
Lembro-me bem de me "encolher" sempre que ele me cumprimentava, com aquela mão pesada e dizendo "então carneirinho?"...
Não me lembro bem de ter sido baptizado por ele... mas também ele foi responsável pelo "meu caminho cristão".
Lembro-me bem das lágrimas de júbilo, em 2003, no After Xav, quando ouvia o que pensava Diogo Santana de São Francisco Xavier...
Lembro-me bem da presença dele na missa de envio, dos Leigos para o Desenvolvimento (também me enviou).
Lembro-me bem, em Outubro, de o visitar em pleno dia de trabalho, no gabinete do SJB dizendo: "Padre Amadeu, enviou-me para São Tomé e Príncipe... vim agora dar-lhe um abraço e dizer que cheguei". Prontamente me respondeu como sempre: "Oh carneirinho"...

Lembro-me, lembro-me, lembro-me...

Mas tenho a certeza de que nunca, nunca o esquecerei...

Era uma flor especial: bem-me-quer, bem-me-quer...

Em miúdo também ouvi isto: "Sede bons, fazei o bem, bem feito!"

À espera...

Numa altura em que quase tudo se resume a trabalhar, andar de um lado para o outro, não ter tempo para nada... era mesmo bom ter um tempo para parar! Para parar e perceber aquilo que me espera, para parar e perceber quais são as melhores opções, para parar e saborear...
Ontem conversava, numa viagem até Coimbra, sobre o "nosso pretenciosismo" de achar que aquilo que nós (ocidentais) pensamos, é que é o correcto... a propósito da inércia santomense, da falta de projectos a longo prazo, da falta de vontade de se desenvolverem... Mas crescer porquê? Pensar naquilo que vai acontecer daqui a um ano porquê? Porquê, porquê, porquê? E a graça enorme que é poder viver um dia de cada vez, saborear cada momento, não estar preocupado com o amanhã? Tendo a comida para hoje, amanhã e todo o sempre, garantida... tudo o resto ése torna perfeitamente supérfluo! Para quê as irritações? Para quê o stress, o corre-corre? Para quê as promoções, para quê um ordenado maior ou menor? Para quê o tempo? Para quê as horas se me posso orientar, perfeitamente, com dois períodos: o 1º período (o período da manhã) e o 2º período (período da tarde)?
Li, esta semana, na revista Visão, que os portugueses, afinal, são um povo feliz! Viva! Afinal todos nós somos felizes, mesmo que não saibamos ou imagenemos sequer...

Saint-Exúpery, na sua sabedoria habitual: "Se queres compreender a palavra 'felicidade', indispensável se torna entendê-la como recompensa e não como fim"