08/02/2011

Educação...

O outro dia, numa conversa entre amigos, contava uma pessoa que quando era criança, dizia querer ser "professora para poder bater nas crianças!". Com tudo o que de "doido" tem este pensamento, a verdade é que hoje, ninguém deve querer ser professor, com medo de "apanhar das crianças"... esta perversão do que é o ensino e o que são as crianças de hoje, deixa-me sempre muito inquieto.
Vejamos o exemplo de uma sala de aula:
  • As crianças já não se levantam quando algum professor/funcionário entra, como forma de respeito;
  • Ter auriculares no ouvido deixou de ser "falta de educação" e passou a ser um bem necessário;
  • Levantar a mão para falar deixou de ser necessário... a anarquia é a melhor forma de comunicar;
  • Primeiro ouvir para depois aprender... quantas vezes isto não acontece?;
  • Onde está a autoridade, por absoluto, concedida a um professor?;
  • Onde está a confiança, por absoluto, concedida a um professor?;
  • O professor deixou de ser o pedagogo, aquele que na Grécia Antiga levava os meninos à escola, repetindo as lições com eles e acompanhado o seu estudo. O papel do professor é, cada vez mais, reduzido apenas ao mero pedagogo-escravo, que tem a "obrigação" de conduzir o menino à escola, mas se não apetecer trabalhar ao menino... não trabalha!!

Podem-me dizer que os professores estão a ficar mais condescentes, mais permissivos, menos autoritários (no bom sentido desta palavra!)... é possível! 

Mas eu acrescentaria: qual é o papel dos pais no meio de tudo isto?

O caminho é longo e sinuoso... mas como "diz a Bacalhau": Há pernas para andar!!

1 Carneiradas...:

Liliana Sampaio disse...

Diogo,
Como revejo nas tuas palavras! Às vezes, o desalento é grande. Continuo, no entanto, a dizer que a nossa profissão ainda é maravilhosa e enriquecedora! Uma profissão de riscos em muitos aspectos, mas também uma profissão em que vale a pena arriscar para chegar aos que nos querem ouvir, aos que sabem olhar o mundo com o coração... Por isso, não desisto! O ânimo ainda vai vencendo. É preciso remar, remar, remar, mesmo que seja contra a maré. E, sobretudo, não podemos ter medo de fazer a diferença!

Beijinhos