Numa altura em que tenho pensado imenso sobre a questão da educação e de como é, cada vez mais, difícil educar no contexto de "escola", de "clube", lembrei-me desta imagem.
Entre tantos e tantos aspectos que poderia tentar escalpelizar, lembrei-me de um: o exemplo!
Tantas e tantas vezes tento falar nele... e sinto que pareço, aos olhos de outras pessoas, um perfeito alien! Lembro-me bem de, quando era aluno, ouvir o famoso ditado: "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço"! Sim, essa barreira intelectual gigante, criada por um professor que opta por fazer, em frente aos alunos, coisas que não lhes são permitidas!
Professores que partilhavam bebedeiras, drogas, voltas de carro a alta velocidade, irresponsabilidades típicas de uma adolescência mal vivida, ou um caminho fácil para a aproximação dos educandos...
Lembro-me igualmente bem, de ouvir os feitos incríveis de uma professora, que gabava o seu clima tranquilo na sala de aula, baseado no estímulo da bofetada... ao intervalo era tempo de partilhar os seus estalos, berros, expulsões! Pergunto-me se se cria, assim, um ambiente tranquilo ou um ambiente propício a alunos oprimidos, amedontrados, fechados em si próprios? Mas o objectivo tinha sido alcançado: ter uma turma calada... o resto é acessório!
Nesta minha tão curta caminhada de ser educador, deparo-me com pouca audácia, com pouca vontade de ousar, de voar mais alto! "Oh captain my captain!", do Clube dos Poetas Mortos, talvez uma das maiores provas daquilo que pode ser um professor de excelência...
Mas é claro que nem sempre sinto ter força para ser "assim"... há, de facto, alturas em que é muito difícil ousar a diferença, quando somos nós os educadores centrais de uma criança, porque os pais são figuras ausentes do papel que é ser educador! E quando assim é, a tarefa é árdua e de difícil execução...
Hoje escrevi demais mas deixo, por fim, uma imagem que sempre me lembrou o ditado supracitado: "Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço"!!
0 Carneiradas...:
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