Caminhos... Taizé acabou por ser isso mesmo, um convite para caminhos! Mais do que toda a explosão ecuménica, neste "ecumenismo de fé", surpreende-me o "ecumenismo social", o ecumenismo de pré-conceitos... é bom sentir que há um lugar para todos, independentemente das correntes penduradas nas calças ou de uma vida bem orientada nos centros universitários da Companhia de Jesus... de umas cristas enormes na cabeça ou de uma vida estruturada com todos os sacramentos que a Igreja Católica preconiza...É bom viver na tolerância e na fraternidade, na paz e na harmonia... mas, mais do que tudo, é incrível perceber que "é possível!!" e que Taizé não é uma colina especial, não é uma aldeia artificial, não é sequer de outro planeta! É apenas um lugar onde, semanalmente, milhares de pessoas se dispõem a abrir o coração, não a um deus católico, ortodoxo, protestante ou até muçulmano, não ao deus do ioga, ou o deus das sensações positivas que vou sentindo... as pessoas dispõem-se a abrir o coração ao próximo, ao vizinho da camarata, à pessoa com quem trabalham ou até com as pessoas do grupo de reflexão que passam de meros estranhos a novos amigos para uma vida...
Parafraseando Fernando Pessa, "E esta... hein?!?!"
Os desafios lançam-se... e as pontes são inevitáveis!
